1974

Sinopse: Desde a primeira página do primeiro romance de David Peace, *1974*, fica claro que algo está podre no estado de Yorkshire: uma jovem desapareceu. O jovem, mas desiludido, correspondente de crimes do *Yorkshire Post*, Edward Dunford, é designado para cobrir a história, enquanto lida com a recente morte do pai e o retorno à sua terra natal, Yorkshire, após uma breve e mal-sucedida passagem por Fleet Street. Para o cínico Dunford, é apenas mais uma reportagem; a única intriga é se a garota será encontrada viva ou morta antes do Natal. Isso até que a menina é descoberta brutalmente assassinada, de bruços em um vala, com um par de asas de cisne costuradas em suas costas.

À medida que Dunford investiga o caso, ele começa a fazer uma série de conexões aterrorizantes com uma sequência de assassinatos de crianças, mergulhando em um pesadelo angustiante de corrupção, violência, sadismo, chantagem e obsessão sexual — dos escalões superiores do governo local ao coração sombrio e decadente de Yorkshire.

Enquanto a história de corrupção e conspiração de Peace se desenrola, fica claro que *1974* é tão influenciado pela visão sombria de Orwell da Grã-Bretanha em *1984* quanto pela atmosfera maravilhosamente evocada dos anos 70. The Bay City Rollers, Leeds United, *It Ain't Half Hot Mum* e os Vauxhall Viva's aparecem. O romance funciona em vários níveis, desde o retorno brilhantemente insensível do filho do norte, talentoso e alienado, até uma representação assustadoramente precisa de uma comunidade insular e tribal. O enredo é complexo e frenético, e Peace frequentemente deixa pontas soltas, especialmente ao construir um clímax extremamente poderoso. No entanto, o diálogo é rápido, espirituoso e violento; uma leitura obrigatória para os fãs do gótico de Yorkshire. — Jerry Brotton

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